Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem.” Leonardo da Vinci

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Por que não devemos comer carne



SANDRO OLIVEIRA DE CARVALHO







POR QUE NÃO DEVEMOS 
 
COMER CARNE







O vegetarianismo e sua influência na saúde, na espiritualidade,
 na vida dos animais e no meio ambiente




Curitiba - Brasil






Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo de um animal. E, nesse dia, todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade.”
Leonardo da Vinci







Dedicatória


Este livro é dedicado a todos aqueles que amam a vida, respeitam a natureza e apoiam a luta pela libertação dos animais.  




Índice

Mensagem do autor
Célebres defensores do vegetarianismo
Os benefícios para a saúde
Vegetarianismo e nutrição
O vegetarianismo e a espiritualidade
A natureza superior do vegetarianismo
Consequências danosas do regime cárneo
A carne e os perigos para a saúde
O sofrimento dos animais
A carne e a degradação ambiental
Considerações finais
Frases
Referências bibliográficas


Mensagem do autor

Cresce em todo o mundo a convicção de que a carne não é bom alimento. Desta forma, a cada dia aumenta o número de pessoas que estão optando por uma alimentação mais pura e saudável através do vegetarianismo. A carne prejudica a saúde do ser humano, causa dor e sofrimentos indizíveis aos animais e degrada o meio ambiente. O uso de carne ainda colabora com o aumento da fome no mundo na medida em que se prioriza claramente a produção de carne em prejuízo dos alimentos vegetais. Por outro lado, inúmeros e incontestáveis estudos científicos, filosóficos e religiosos demonstram claramente que o vegetarianismo contribui para um mundo mais próspero, feliz e saudável. Desta forma, é meu sincero desejo que a leitura deste livro ajude a promover a alimentação vegetariana que é, sem dúvida alguma, mais saudável, saborosa e muito mais condizente com a dignidade humana.

Por favor, se você gostar da leitura deste trabalho, ajude a divulgá-lo.
 
Célebres defensores do vegetarianismo

Sendo o vegetarianismo o regime alimentar por excelência, mais nutritivo e saudável, e sendo praticado em todos os tempos, por pessoas comuns e também por sábios e famosos, não se trata, como supõe alguns, de algum tipo de modismo ou de prática alimentar relacionada à coisas estranhas, excêntricas e sem o devido embasamento científico, moral, intelectual, ético e espiritual. Como prova, segue uma pequena relação de grandes personalidades que praticaram e defenderam o regime vegetariano: Pitágoras, Buda, Mahavira, Empédocles, Imperador Asoca, Apolônio de Tiana, Plutarco, Plotino, Porfírio, São Basílio, São João Crisóstomo, Leonardo da Vinci, John Ray, Emanuel Swedenborg, Jonh Wesley,  Leon Tolstoi, Percy Shelley, Franz Kafka, Bhaktivedanta Prabhupãda, Isaac Singer, Rajendra Prasad, Ellen White, Annie Besant, C. W. Leadbeater, John Kellogg, Bernard Shaw, Mahatma Gandhi, Swami Satchidananda, Nikola Tesla, Albert Eisnten, Rabbi David Coen, Shmuel Yosef Agnon, Joseph Leftwich, Swami Avyaktanand, Sadeq Hedayat, e muitos outros.

Do escritor Alfons Balbach temos a seguinte informação:

Muitos homens célebres do passado eram vegetarianos. E hoje em dia também os há em grande quantidade nos círculos intelectuais da América e Europa. É digno de nota que os adeptos do vegetarianismo abundam especialmente entre os doutos. Estes, como garimpeiros, contínua e ativamente empenhados em busca de maior saber, cavam também pelo conhecimento das leis da saúde e chegam a descobrir e convencer-se de que o carnivorismo é absolutamente impróprio para o homem e que o vegetarismo, por vários motivos, é seu regime ideal. Estando as faculdades do seu ser fortemente adstritas ao processo intelectual, seus apetites e propensões carnais são, em muitos casos, fracos e facilmente domáveis, pois quanto maior o intelectualismo tanto menor a carnalidade, e, assim, adaptam-se facilmente às convicções que acabam de alcançar quanto ao melhor regime alimentar.” A Carne e a Saúde, página 9. 
 
Nos dias atuais, o vegetarianismo cresce e se agiganta em todo o mundo, conquistando a adesão de um número cada vez maior de pessoas representativas de todas as classes econômicas, sociais e intelectuais. Homens, mulheres e crianças aderem com alegria e entusiasmo ao modo de vida vegetariano, demonstrando que é perfeitamente possível deixar de comer carne, ser saudável e feliz.

Os benefícios para a saúde

A ciência comprovou, através de inúmeras observações, estudos e experiências, que a dieta vegetariana proporciona melhor qualidade de vida ao promover a saúde do corpo e da mente e atuar na prevenção e no tratamento de inúmeras doenças. É por isso que o vegetarianismo tem recebido, ao longo dos anos, diversas manifestações de apoio e incentivo oriundas de importantes instituições médicas, tais como a American Heart Association, a Dietitians of Canadá, a American Dietetic Association, a Kids Health, a Food and Drug Administration, entre outras que se destacam na atenção e nos cuidados da saúde.

Por ser o regime alimentar que melhor se adapta à fisiologia humana, pois o homem não é um ser naturalmente carnívoro, seus efeitos são muito benéficos para o cérebro, o coração, o estômago, o fígado, os rins, o pâncreas e outros órgãos vitais do corpo humano. Ao contrário dos alimentos cárneos, sempre impregnados de agentes prejudiciais à saúde e causadores de inúmeras doenças e sofrimento, os alimentos de origem vegetal são mais puros e saudáveis, nutritivos, saborosos e até mais econômicos. Além disso, os alimentos vegetais não ameaçam o organismo com as perigosas substâncias encontradas na carne, como o ácido úrico, as gorduras saturadas, o mau colesterol e os diversos e nocivos produtos químicos introduzidos artificialmente.

A propósito, assim se expressou o Dr. Antônio A. de Miranda:

Sistema alimentar que exclui os alimentos cárneos, o vegetarianismo é perfeitamente compatível com a boa saúde, pois provê ao organismo todos os princípios alimentares essenciais em quantidade e qualidade. É científico e econômico. É menos tóxico e fornece os melhores princípios para o crescimento, desenvolvimento, bem-estar e energia do organismo em suas diversas modalidades de atividade e trabalho.” Nutrição e Vigor, páginas 103 e 104.

No que diz respeito à força muscular, inúmeras observações e experiências já foram realizadas em diversas partes do mundo e revelaram a superioridade dos vegetarianos em provas físicas e de resistência. Entre os brasileiros, podemos citar o exemplo do campeão de boxe Eder Jofre, a respeito de quem assim se manifestaram os editores do livro “Os campeões são vegetarianos... e você?”:

“Atualmente dietistas de todo o mundo não têm a mínima dúvida: vegetarianismo é sinônimo de maior resistência física, vida mais saudável e mais longa. Essa é a razão por que tantos desportistas abandonam o regime cárneo em favor da dieta vegetariana, como Eder Jofre, campeão mundial de boxe, categoria dos pesos- penas, que declarou: “Sou vegetariano desde a idade de 16 anos. Eu até recomendaria a todos que se esforcem para deixar de comer a carne. Cheguei a ser campeão do mundo sem comê-la. A alimentação à base de carne, para mim, é um hábito que o homem adquiriu.” Os Campeões São Vegetarianos, página 7.

O fato é que existem muitos outros atletas vegetarianos que se tornam vencedores nas diversas modalidades esportivas que praticam, dentre as quais a marcha, a corrida, o ciclismo, etc. 
 
Hoje em dia, com as informações diariamente disponibilizadas através de publicações leigas e científicas, de programas de rádio e televisão e da própria internet, ninguém mais pode negar, em perfeita consciência, a importância do vegetarianismo na alimentação humana.

Neste sentido, o Dr. Alberto Lyra, ao prefaciar o livro “Alimentação Naturista Saúde e Longevidade”, de Dieno Castanho, declarou:

“Não há a menor dúvida, pois, de que a alimentação vegetariana, bem orientada, dá ao organismo muito maior vigor em todos os sentidos, prolongando a mocidade e mantendo por maior número de anos o poder intelectual, físico e sexual. tanto isto é fato e tanto a carne pode ser dispensada, sem que o organismo se enfraqueça, e até pelo contrário, se torne mais vigoroso, que nos países anglo-saxônicos onde há milhares de famílias naturistas, conhecem-se, não casos isolados, mas numerosos casos de crianças, moços, homens adultos e mesmo velhos e atletas, não apenas lácteo-ovo-vegetarianos, mas também até frugívoros!” Alimentação Naturista Saúde e Longevidade, página 13.

Podemos afirmar, ainda, que uma das mais extraordinárias comprovações da superioridade da alimentação vegetariana é aquela que resultou das observações realizadas entre os hunsas, do Himalaia, e os esquimós, da Groelândia. Veja o que declarou o Dr. Ernest Schneider:

“A tribo hunsa, que vive na região do Himalaia, é sem dúvida um exemplo vivo de que a renúncia à alimentação cárnea não só não prejudica como também traz vantagens que, ao que parece, ainda não conhecemos suficientemente. O Dr. H. Balzli já em 1928 havia exposto as observações do médico inglês McCarrison, que este fizera durante a sua permanência de nove anos na região de Hunsar-Nagar, no Himalaia, estudando as características dos seus habitantes. Os hunsas não comem nenhuma carne, alimentando-se de vegetais e leite. As suas habitações são primitivas e os meios de aquecimento são muito elementares. E, contudo, os hunsas são um dos povos mais belos, fortes e resistentes da Terra. A sua capacidade de resistência contra as doenças contagiosas é assombrosa. Não há entre eles úlceras do estômago, nem apendicites, dispepsias ou catarros intestinais. O Dr. Ralph Bircher, que recentemente deu informações minuciosas, sobre a tribo hunsa, compara os hunsas com os esquimós da Groelândia oriental, cujo modo de vida estudou a expedição Hoygaard, em 1936. Escreveu ele: “Mais de 90% da alimentação destes esquimós consiste em carne, quase sempre crua. A alimentação é muito natural, mas não corresponde às condições humanas. Não dá lugar à insuficiências consideráveis de vitaminas ou sais minerais, mas dá lugar à ingestão diária de 299 g de albumina animal, em lugar de 60 g, de 169 de gordura em lugar de 50 a 80 g e só 122 g de hidrocarbonatos, em lugar de 400 a 500 g. Estes homens parecem sãos, ativos, alegres, amantes do trabalho e inteligentes, quando muito jovens, isto é, entre os vinte e os vinte e cinco anos; mas, quando chegam aos trinta e cinco anos perderam a sua juventude, a sua energia e a sua capacidade e mostram-se cansados, entorpecidos e gravemente arterioscleróticos. A duração média da vida destes homens é só de vinte e sete anos e meio. Compare-se tudo isto com a juventude, o aspecto, a capacidade e a atividade dos hunsas, de idade muito avançada. Isto demonstra, pois, que a alimentação hunsa, crua e vegetal, de cereais integrais com suficiente acréscimo de verduras, é própria para as características naturais do organismo humano, e não o é, pelo contrário, a alimentação dos esquimós.” A Cura e a Saúde pelos Alimentos”, páginas 232 e 233.

Declarou, a respeito desses mesmos povos, o Professor Jaime Bruning:

“Os esquimós, são índios que vivem na Groelândia, polo norte, e comem quase só carne em sua alimentação, porque vivem no gelo, onde quase não encontram vegetais. Resultado: não ficam velhos, sua média de vida não chega aos 30 anos; dificilmente alguns deles chega a passar dos 60 anos de idade, e aos 35 anos já parecem muito envelhecidos. Enquanto os hunsas ou hunjas, que vivem no Paquistão, na região fria do Himalaia, nunca comem carne, mas sim vegetais e leite. É justamente entre eles que se encontram as pessoas de idade mais avançada do mundo, chegando facilmente aos 100 anos de idade e parecendo ainda jovens, e quase nunca ficam doentes. Diante disso eu pergunto: é preciso comer carne?” A Saúde Brota da Natureza, página 60.

A partir do momento em que passamos a nos alimentar de forma mais nutritiva e saudável, adotando a dieta vegetariana e observando, em nossos hábitos diários de vida, os princípios que regem uma vida equilibrada, todo o organismo reage favoravelmente e sentimo-nos mais leves e felizes. Ao ingerir alimentos vegetarianos, não estamos apenas nutrindo o corpo, obtendo mais saúde, inteligência e maior sensibilidade, mas estabelecendo uma barreira contra as muitas impurezas que são encontradas na carne, tais como bactérias, toxinas e produtos químicos. Além disso, o vegetarianismo também age na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares, assim como de inúmeras manifestações cancerígenas, sendo sinônimo de saúde, vida e alegria, enquanto o carnivorismo é sinônimo de doença e morte.

Nutrir o corpo e prevenir doenças. Se todos pudessem conceber o real significado dessas palavras, haveriam de melhor cuidar do bem mais precioso que possuem: a saúde. Somente os que já perderam a saúde, ou lutam para mantê-la, sabem do que estamos falando.

Como já dissemos, o regime vegetariano, ao excluir os alimentos cárneos, que estão sempre repletos de substâncias tóxicas e nocivas, livra o corpo de tais impurezas e ainda promove a saúde. E, por estar saudável o corpo, também a mente se beneficia, pois tudo o que afeta o corpo afeta também a mente. É justamente por isso que encontramos tantos sábios entre os vegetarianos, pois eles sabem que, praticando o vegetarianismo, suas mentes se mantém mais ativas, claras e lúcidas e seu raciocínio mais apurado, criativo e inteligente.

Note o que consta da publicação “El Vegetarismo de Strittmatter”:

“Com efeito, todo vegetariano faz rapidamente a observação de que os seus sentidos se regeneram, adquirindo maior penetração e agudeza, e que, portanto, também as imagens que se refletem no seu cérebro, se destacam com maior firmeza e nitidez.” Transcrito do livro A Carne e a Saúde, página 83.

Neste mesmo sentido, assim se manifestou Bernard Shaw:

"Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente."

Vegetarianismo e nutrição

Por ignorância, muitos supõe que ficarão fracos, desnutridos e doentes se deixarem de comer carne. Mas este é um raciocínio equivocado, pois, se a abstenção de carne, por si só, fosse causa de desnutrição, ou outros problemas de saúde, como explicaríamos, então, a existência de milhões de pessoas que não comem carne e desfrutam boa saúde? A verdade incontestável é que o vegetarianismo provê, ao organismo humano, o aporte de proteínas completas, bem como de outros nutrientes necessários à saúde e ao vigor físico e mental.

Observe o que disse, neste sentido, o Dr. Antônio A. de Miranda:

“Ora, estudos e experiências levados a efeito por cientistas de renome universal, especialistas em nutrição, vêm demonstrar que os princípios alimentares contidos na carne podem, com maiores vantagens, ser buscados noutras fontes alimentícias. Proteínas tão boas quanto às da carne são as do feijão soja, amendoim, nozes, castanhas-do-pará e trigo integral, empregados em combinação, isto é, em conjunto de dois ou mais destes alimentos. As do leite e do ovo são-lhe indubitavelmente superiores. (…) O feijão soja é tão boa fonte de ferro quanto à carne de vaca. (…) Desta sorte o regime alimentar isento de carne não apresenta absolutamente dificuldade qualquer no que diz respeito às proteínas que podem ser buscadas no leite, ovos, soja, amendoim, nozes e cereais integrais; no que se refere aos minerais, são fornecedores as frutas, verduras, hortaliças, assim como as fontes de proteínas acima mencionadas; quanto às vitaminas, de que a carne não é boa fonte, são os alimentos fornecedores de minerais e de proteínas que vão trazer as que se necessitam diariamente. (…) Fato importante vem provar que a abstinência dos alimentos cárneos de maneira alguma faz diminuir a energia para o trabalho físico. Por ocasião da abertura do Canal de Suez, verificou-se que os operários árabes, que se alimentavam parcamente em relação aos ingleses, apresentavam contudo maior resistência ao cansaço, podiam trabalhar mais eficientemente que estes. Ora, a alimentação dos trabalhadores árabes era inteiramente vegetariana: trigo integral, frutas, tâmaras, etc., ao passo que a dos ingleses constava de carne de conserva, doces e cereais purificados.” Nutrição e Vigor, páginas 99, 100 e 102.

Apesar de a maioria dos alimentos vegetais não fornecerem, isoladamente, as chamadas proteínas completas, isso não será problema desde que saibamos combinar os alimentos vegetais, pois, deste modo, obteremos as proteínas completas, ou seja, aquelas que contêm os nove aminoácidos essenciais.

Observe o que Alfons Balbach escreveu a respeito:

“Consumidos isoladamente, o feijão, ou a ervilha, ou o grão-de-bico, ou o trigo, ou o arroz, etc, por si sós, parece não nos fornecerem proteínas completas. Que faremos então? Adotamos misturas nas quais legumes e cereais supram mutuamente suas possíveis deficiências.” As hortaliças na medicina doméstica, página 285.

O arroz e o feijão, por exemplo, quando combinados formam proteínas completas de alto valor biológico e ainda ajudam a combater e prevenir neoplasias malignas da boca, da laringe e da faringe, ou seja, o temível câncer oral, além de agir contra o mau colesterol, a diabetes e outras doenças. Entretanto, há muitos que sofrem problemas digestivos após comer feijão. Isso ocorre porque o feijão é um alimento de digestão demorada e contendo enxofre. Aqueles que têm problemas com o feijão deverão amassar muito bem os grãos cozidos, ou batê-los no liquidificador, antes de comê-los. Poderão, ainda, tentar esta dica: antes de cozinhar o feijão, colocá-lo em água morna e deixar de molho por 12 horas, trocando a água  três vezes, em média, durante a realização do procedimento. Cumprido o tempo, descarte a água final e lave os grãos. Uma outra dica consiste em deixar o feijão de molho por uns dez minutos, em água fervendo, repetindo o procedimento por três vezes e descartando também a última água. Os procedimentos descritos ajudam a retirar o enxofre contido no feijão e, com isso, facilita a digestão e evita a formação de gases.  Um outro alimento que desejamos destacar é a soja, pois contém proteínas completas de alta qualidade, podendo ser encontrada já pronta nas formas de leite, tofu, hambúrgueres, entre outros, ou ser adquirida para preparo em casa, conforme inúmeras receitas fáceis, saborosas, nutritivas e econômicas. Há, ainda, outros alimentos importantes, tais como: amendoim, lêvedo de cerveja, germe de trigo, linhaça, quinoa, pães integrais, frutas, verduras, legumes, castanhas, nozes, avelãs, amêndoas, etc.

Toda pessoa que se torna vegetariana deve procurar conhecer as propriedades nutricionais dos alimentos e aprender a combiná-los de maneira a prover o organismo com todos os nutrientes necessários, não sendo difícil esse aprendizado, pois, com disse Lídia N. Siqueira,

“A dieta vegetariana, em sua encantadora simplicidade, contém todos os elementos proteicos e as vitaminas necessárias para desfrutarmos saúde e longevidade.” A Saúde Vem da Cozinha, página 14.

Afirmou também, com muita propriedade, Ellen G. White:

“É um erro supor que a força muscular depende do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-lo. Os cereais, com frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias a formar um bom sangue. Estes elementos não são tão bem ou tão plenamente supridos pelo regime cárneo. Houvesse o uso da carne sido essencial à saúde e à força, e o alimento animal haveria sido incluído no regime do homem desde o princípio. Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isto como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos estimulados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne como é ao bêbado o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança.” A Ciência do Bom Viver, pág. 316.

O vegetarianismo e a espiritualidade

Além dos benefícios à saúde, o vegetarianismo também exerce importante influência no desenvolvimento da espiritualidade. É por essa razão que encontramos, nos textos sagrados das grandes religiões, muitas e significativas referências ao vegetarianismo. Como sabemos, a Bíblia é o livro por excelência dos cristãos (Antigo e Novo Testamento) e dos judeus (Antigo Testamento). Ora, no primeiro livro da Bíblia, ou seja, em Gênesis, encontramos um relato segundo o qual a humanidade teria sido criada vegetariana. Observe:

“E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.” Gênesis. 1:29.

A Bíblia também narra a interessante experiência dos jovens hebreus Daniel, Hananias, Misael e Azarias, os quais, vivendo na presença do rei Nabucodonosor, recusaram-se a comer carne, preferindo alimentos vegetarianos e água pura, o que lhes trouxe uma vida plena de saúde e prosperidade. O profeta Daniel, ao finalizar o interessante relato da experiência desses rapazes, assim destaca a inteligência, cultura e sabedoria dos mesmos:

          "Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria" (Daniel 1:17, 19 e 20).

Em relação à igreja cristã, os fatos históricos demonstram que o interesse pelo vegetarianismo começou logo com os primeiros cristãos e, nos tempos modernos, encontra importante adesão e defesa entre os adventistas do sétimo dia, principalmente entre os adventistas do sétimo dia movimento de reforma. 

Muitos cristãos perguntam, todavia, por que os Evangelhos não fazem referências diretas ao vegetarianismo. Eis a resposta de Cristo:
“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir .” Evangelho de São João 16:12 e 13 (grifos do autor).
Jesus deixou claro, portanto, que muitos de seu ensinos seriam revelados apenas no futuro e isso inclui a questão vegetariana.

Apesar disso, sabemos que inúmeros cristãos primitivos foram vegetarianos, havendo evidências, por exemplo, de que Mateus, Pedro e Tiago, entre outros discípulos de Jesus, não comiam carne.

Segundo relata Hegesippus (The Church History of Eusebius, livro 2, capítulo 23), o discípulo Tiago, irmão do Senhor Yeshua e líder da igreja cristã em Jerusalém, “era santo desde o ventre de sua mãe; e não bebeu vinho nem bebida forte, nem comeu carne”.

Entretanto, muitos indagam, ainda, se Jesus comeu carne, pois há passagens em que ele é citado no contexto de situações onde se fez uso de alimentos cárneos, geralmente peixes. Embora seja fato que o povo em geral comia alguma carne, creio ser mais razoável, por uma série de razões, pensar que Jesus não o fez, pelo menos não do modo como comumente se entende, ou seja, se Jesus comeu carne ou peixe é preciso compreender que ele o teria feito em situações singulares, específicas, circunstanciais, envolvendo processos alimentares de natureza espiritual. Neste sentido, é importante observar que as passagens bíblicas que, de alguma maneira, relacionam Jesus ao uso de carne ou peixe estão sempre associadas a situações envolvendo milagres, símbolos, figuras de linguagem e ritualismos e não tem como objetivo prover orientação nutricional ou definir regras alimentares. Outro fato importante é que Jesus não ingeria todas as comidas e bebidas que o povo preparava, servia e comia. Jesus, por exemplo, não fez uso de bebidas alcoólicas (o vinho citado nos evangelhos em conexão com Jesus não continha álcool), e jamais provou qualquer outra espécie de alimento impuro ou prejudicial à saúde. Embora sempre estivesse na companhia do povo e participasse de suas festas, ele jamais se desviou do caminho da temperança, da virtude. Apesar disso, seus inimigos, o consideravam, injustamente, um intemperante.

Como exemplo, podemos citar a passagem em que Jesus é acusado, por seus adversários, de ser “um comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores” (Mateus 11:19). Ora, nenhum de nós poderá jamais concordar que Jesus tenha sido um comilão e beberrão, pois o fato de andar o Mestre na companhia dos publicanos e pecadores e até mesmo sentar-se à mesa com eles não significa que ele haja feito o que eles faziam e comido e bebido de tudo o que eles comiam e bebiam. Se tais pessoas se alimentavam de maneira errada, Jesus não as imitava, pois santo era o seu caráter e imaculado o seu proceder.

Mas o que dizer, então, das passagens que falam de pescas milagrosas e de pães e peixes que se multiplicam (Lucas 5:1-11 e João 6:1-15)? No caso da multiplicação dos peixes, observe que Jesus deu àquelas pessoas alimento semelhante ao peixe, e digo semelhante porque - notai bem este ponto - deu-lhes peixes especiais, surgidos em condições que os evangelhos referem como miraculosas e isso faz muita diferença. Assim, nos milagres da pesca abundante, os peixes que surgiram na rede foram materializados no exato instante do milagre, pois naquele local não havia peixes, segundo indica o relato bíblico.  Desta forma, podemos perfeitamente crer que os peixes não sofreram dor ou sufocação, pois que surgem do nada na rede, sem terem passado por nascimento, crescimento e morte. Aparecem como peixes frutos de um milagre e prontos para o consumo. 

A mesma explicação se dá para o milagre da multiplicação dos pães e dos  peixes que ocorreu, segundo o texto sagrado, quando Jesus pregava a uma grande multidão. Conta o texto bíblico que ele alimentou a multidão com apenas cinco pães e dois peixinhos. Ora, para que isso fosse possível, o texto bíblico indica que os pães e os peixes iam sendo multiplicados por Jesus na medida em que eram distribuídos. É claro, portanto, que esses peixes, surgidos durante o milagre, nada sofreram, pois já surgiram prontos para o consumo, ou alguém afirmaria, em sã consciência, que os peixes estavam crus, vivos e se debatendo de dor e sufocação? Portanto, nessa passagem, bem como em todas as outras em que Jesus serve peixes aos seus seguidores, quer coma ou não com eles, não se trata nunca de peixes comuns, tal qual os conhecemos. No contexto bíblico, o que Jesus fazia, portanto, era trazer à existência alimentos em tudo semelhantes a peixes, mas que não eram, rigorosamente falando, peixes comuns, sencientes, cheios de vida e sensibilidade. Além do mais, esses peixes, que Jesus  materializava, eram, por sua natureza especial, isentos de toda impureza, doença, dor, sofrimento. Desnecessário se faz insistir que tais alimentos especiais, frutos de milagres de Jesus, dada à natureza especial, singular dos mesmos, podiam ser ingeridos por Jesus e seus seguidores. Ora, tudo isso esta em plena conformidade com a sabedoria, o amor e a compaixão manifestadas em cada palavra e gestos de Jesus.

Mas, e quanto à páscoa, que Jesus comeu com seus discípulos? Ora, Lucas 22:7-23 narra todo o evento mas não diz, em momento algum, que Jesus tenha comido o cordeiro pascal. Afirmar o contrário, é ir além do que está escrito, é dizer algo que o texto não afirmou.

Um outro texto citado para tentar provar que Jesus comeu peixe comum é encontrado no Evangelho de Lucas 24:36-46. O relato descreve o encontro que o Mestre teve com seus discípulos após a ressurreição. Desejando demonstrar aos discípulos a natureza tangível de seu corpo ressurreto, o Mestre indagou se havia entre eles algum alimento. O relato diz, então, segundo as traduções mais confiáveis, que eles lhe ofereceram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. Dissemos traduções mais confiáveis, porque algumas, como as de “linguagem moderna”, equivocadamente omitem a referência ao favo de mel, mutilando, desta forma, o texto bíblico e prejudicando a descrição e interpretação do relato. Ora, pela leitura de Lucas 24:42 e 43, conforme essas traduções mais confiáveis, é perfeitamente concebível que Jesus tenha servido-se apenas do mel e rejeitado o peixe. Veja como consta o relato na tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida:

“Então, eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado e um favo de mel, o que ele tomou e comeu diante deles.”

O que Jesus “tomou e comeu diante deles”, foi o mel. Afinal, o que haveria de errado em afirmar que Jesus optou por apenas um dos artigos que lhe foram oferecidos? Não ocorre algo semelhante conosco quando, sendo convidados para uma festa de aniversário ou de confraternização, escolhemos uma dentre várias iguarias que nos são oferecidas em uma bandeja contendo diversos doces ou salgados? Ou será que alguém, sendo educado, come tudo?

É preciso considerar, ainda, que o objetivo da narrativa não é dizer que espécie de alimento Jesus comeu, mas provar que ele possuía um corpo, mesmo após sua ressurreição, e que isso podia ser comprovado por ele haver comido mel, símbolo de doçura e suavidade.

Quanto às carnes que eram comidas após os sacrifícios realizados no Templo, Jesus não as comeu. Devemos, ainda, ter em mente que tais carnes sacrificadas eram comidas apenas em caráter ritualístico e assim mesmo em pequenas quantidades, fato que não justifica, portanto, o uso de carne para fins alimentares, e sendo também que Jesus aboliu o antigo sistema sacrifical.

Há alguns, ainda, que citam os textos em que Jesus fala, como na parábola do filho pródigo, de banquetes e festas, de comidas e bebidas, nas quais haviam carne, como no caso da parábola do filho pródigo. Ora, nesses textos Jesus serve-se da linguagem do povo e ilustra seus ensinos através de figuras presentes no imaginário popular. Não significa, porém, que ele endosse todos os comportamentos e crenças que os personagens de suas parábolas manifestam. Ademais, como nos ensinam os melhores teólogos e estudiosos da Bíblia, as parábolas não são descrições de fatos reais, são apenas ilustrações.

Pois bem, deixando o período inicial da igreja cristã e avançando um pouco mais no tempo, vamos chegar à era patrística, onde encontraremos muitos vegetarianos entre os antigos líderes cristãos.

Escrevendo sobre o tema, assim se expressa Alfons Balbach: 
 
“Contra o carnivorismo também lutaram os pais da igreja, conforme encontramos nos seus escritos. S. João Crisóstomo escreveu: “Nós seguimos o exemplo dos lobos e dos tigres!” Também Santo Agostinho escreveu: “Carne é alimento de cachorro”; e S. Basílio, o Grande, disse: “Os corpos feitos pesados com as carnes, são acabrunhados de doenças.” A Carne e a Saúde, página 7.

Balbach fala, ainda, do vegetarianismo entre as ordens religiosas:

    “Muitas ordens religiosas têm respeitado inteiramente a regra primitiva, e os seus adeptos têm sido recompensados por notável longevidade. Os pais Trapistas, de Bellefontaine, França, eram exclusivamente vegetarianos. A batata, a beterraba e a couve eram a base de sua alimentação. Com este regime rendiam considerável porção de trabalho, portavam-se bem, e alcançavam uma idade avançada.” A Carne e a Saúde, página 9.

A história eclesiástica também nos revela que diversos outros santos católicos foram praticantes do vegetarianismo, dentre os quais podemos citar: São Clemente de Alexandria, São Jerônimo, Santa Tereza, Santo Afonso de Liguori, Santo Inácio de Loyola, São Gregório, São Bento, São Domingos, São Bernardo, São Francisco Xavier.

São Jerônimo, um dos grandes nomes da fé cristã e que legou ao mundo a versão latina da Bíblia Sagrada, discorrendo sobre o tema em foco oferece interpretação muito interessante a respeito da origem do hábito de comer carne e de como seu uso se encontra proscrito após a obra redentora realizada por Cristo e que, segundo o antigo líder cristão, “novamente uniu o fim com o princípio”, introduzindo o início de um novo tempo no qual os alimentos cárneos não devem mais ser consumidos pelos cristãos. Observe a declaração de São Jerônimo:

“O ato de comer carne era desconhecido até o grande dilúvio, mas desde então passaram a colocar os mal cheirosos sumos da carne dos animais em nossas bocas, assim como o lançaram entre o queixoso e sensual povo do deserto. Jesus Cristo, que apareceu quando a hora havia chegado, novamente uniu o fim com o princípio, de modo que não nos é mais permitido comer a carne dos animais.”
 Contra o uso de carne, São Basílio escreveu estas palavras:

"Os vapores das comidas com carne obscurecem o espírito. Dificilmente pode-se ter virtude se se desfruta de comidas e festas em que haja carne. No paraíso terreno não havia vinho, nem sacrifício de animais e tampouco se comia carne."
Voltando nossas atenções para o cristianismo atual e focalizando as igrejas cristãs, vamos encontrar, entre os adventistas do sétimo dia, a realização de um grande trabalho em prol do vegetarianismo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia constitui uma organização cristã de grande envergadura, estando presente em todo o mundo e contando atualmente com mais de 15 milhões de membros. É reconhecida internacionalmente por sua ampla rede de escolas, hospitais, editoras de livros e revistas e outras instituições. Embora não faça da abstenção de alimentos cárneos uma condição para que alguém se torne membro da igreja, oficialmente, porém, essa igreja recomenda que seus membros deixem toda alimentação cárnea. De fato, da lavra de muitos escritores e líderes adventistas nascem livros e outros escritos defendendo o vegetarianismo. Em consequência,  muitos são os adventistas do sétimo dia que, conscientemente, aderem ao vegetarianismo. Existe, ainda, uma outra denominação cristã observadora do sábado bíblico e que se denomina Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma. Essa igreja também se destaca por sua grande preocupação com a saúde e com hábitos de vida frugais e saudáveis. Os reformistas, como são conhecidos, embora que em menor número, também mantém instituições de saúde e ensino e publicam livros e revistas que abordam temas relacionados à saúde e à espiritualidade. O fato singular é que os membros dessa igreja, que somam hoje algo em torno de 30 mil fiéis, são todos vegetarianos, o que faz dessa organização religiosa talvez a única igreja cristã, de amplitude mundial, em que todos os fiéis são vegetarianos. Um fato notável é que as crianças que nascem no seio dessa igreja crescem praticando o vegetarianismo. Não comem carne, são coradas e se tornam adolescentes belos, cheios de saúde, vigor e inteligência. A fiel dedicação desses cristãos ao vegetarianismo, constitui nobre exemplo a ser seguido pelos fiéis de outras religiões.

Em relação às religiões orientais, vamos encontrar a defesa do vegetarianismo entre os budistas, hinduístas, jainistas, e seguidores do Movimento Hare Krisnha, por exemplo.


Observe como Buda amava o animais:

“Aquele que renunciou a toda violência contra todos os seres vivos, fracos ou fortes, que não mata nem faz com que outros matem – esse eu chamo de homem santo.” 
 
“O homem implora a misericórdia de Deus, mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder."

"Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá ferir? Que mal você poderá fazer?"

"Feliz seria a Terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só se alimentassem de alimentos puros, sem derrame de sangue. Os dourados grãos que nascem para todos dariam para alimentar e dar fartura ao mundo."

Do Mahatma Gandhi, temos estas magistrais palavras:

“No semblante de um animal, que não fala, há um discurso que somente um espírito sábio realmente entende!”

“Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos.” 

“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.”

“Há muito de verdade no dito de que o homem se torna aquilo que come. Quanto mais grosseiro o alimento tanto mais grosseiro o corpo.”

C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, declarou:

           “Mesmo os comedores de carne têm de comer cereais, frutas e legumes junto com seu bife. Ainda assim, para seu pedaço de carne diário, eles matam tantos animais inocentes. Isso é muito pecaminoso. Cometendo tais atividades pecaminosas, como querem ser felizes? Essa matança não deveria ser praticada, e por isso as pessoas estão infelizes."
       
Observe, agora, o que escreveu o Dr. Ernest Schneider:

         “Em todos os tempos e por todas as religiões importantes têm sido apresentados argumentos morais baseados em claros e oportunos motivos para nos afastarmos do consumo da carne. É fruto de velhíssima experiência expresso no mundo misterioso do sobrenatural e do metafísico, que quem quiser penetrar nele tem de sacrificar a sua sensualidade, neste caso o prazer da sua nutrição errada. Não nos será possível um aperfeiçoamento autêntico, puro, espiritual e religioso, sem ascetismo, isto é, naquilo que aqui nos interessa, sem nos privarmos de carne e de alimentos semelhantes. Recordo apenas o exemplo de Gandhi, cuja conduta e doutrina contra toda a espécie de violência e cuja grande capacidade de contemplação interior dependia, em última análise, da sua maneira de viver. Usava duas vezes por dia fruta, arroz, nozes e um pouco de leite. É, da mesma sorte, típico da religião budista, dirigida para a vida pacífica, espiritual e de contemplação interior, o proibir o consumo da carne. Encerra muita verdade a diferenciação já muito divulgada entre o Ocidente extrovertido (dirigido para o mundo exterior), e o Oriente introvertido (dirigido para o mundo interior), cuja explicação se há de encontrar no fato de os povos ocidentais serem de preferência carnívoros, e os orientais serem sobretudo vegetarianos. Encontramos a mesma relação entre a alimentação e a formação físico-espiritual expressa na fórmula de que nos povos carnívoros predominam as reações do sistema simpático, e a atividade da tireóide, o desenvolvimento físico e o temperamento decidido e agressivo, ao passo que nos povos vegetarianos desempenham principal papel os hormônios das glândulas vago-trópicas (insulina, colina) caracterizando-se o seu modo de ser pela tranquilidade e o pacifismo. Esta mesma verdade já foi exposta, há mais de um século, por Karl Gustav Carus, médico, pintor, psicólogo e contemporâneo de Goethe, que na sua obra “Briefen Uber Landschaftsmalerei” (Cartas sobre pintura paisagista) escreve que “finalmente, tanto os homens como os animais com uma persistente alimentação com produtos vegetais se tornam suaves e tranquilos, ao passo que o consumo de carne parece favorecer muito os desejos e os impulsos tormentosos.” A Cura e a Saúde Pelos Alimentos, páginas 235-236.

Por sua natureza pacífica, voltada para o bem, o vegetarianismo constitui importante hábito alimentar a ser observado na vida de todos aqueles que desejam evoluir, não apenas física, mas sobretudo espiritualmente; que desejam crescer em bondade e sabedoria, em amor e compaixão. Homens e mulheres sensíveis, inteligentes, de bom coração, compreendem que o vegetarianismo tem em si algo de divino, que eleva a alma e nos aproxima um pouco mais da fonte de todo bem, de toda luz, de todo amor e que se chama Deus.

A natureza superior do vegetarianismo 
 
Apesar de demonstrada a natureza superior do vegetarianismo, sua notável influência na saúde e nas disposições mentais e espirituais, muitos são os que não lhe reconhecem o valor. Multidões de homens e mulheres, dominados por hábitos rudes e prejudiciais, descuidam da saúde do corpo, da mente e do espírito e caminham a passos largos rumo a um abismo de dor, sofrimento e morte enquanto imaginam-se seguros e protegidos.

Desconsiderando a sensível, delicada natureza dos órgãos digestivos e quase nenhuma consideração nutrindo pela vida e sentimentos dos animais, muitos são os que clamam desesperados por carnes, bebidas, cigarros, drogas e outros artigos destruidores da saúde.

Apesar da triste realidade que testemunhamos todos os dias, é certo, porém, que uma nova e mais nobre consciência vai aos poucos se desenvolvendo no ser humano e desta forma vemos aumentar, a cada dia, o número daqueles que realmente se importam com a saúde, a natureza, e a vida dos seres humanos e dos animais.

Não podemos nos esquecer, ainda, que existe um número muito grande de pessoas que estão no limiar de se tornarem vegetarianas, pois elas intuem que a prática de tirar a vida de um animal para comer sua carne é incompatível com a verdadeira dignidade do ser humano.

O fato é que muitas pessoas só comem carne porque outros matam os animais, pois, se tivessem essas pessoas de tirar, elas próprias, a vida de um animal, fugiriam horrorizadas para longe da cena cruel e grotesca do animal sangrando e sofrendo as agonias da morte. Assim, para não terem de matar os animais que irão devorar, muitos preferem pagar para que outros o façam.
 
É interessante observar que Henry David Thoreau acreditava ser destino da humanidade deixar, finalmente, o uso de carne. A esse respeito, ele escreveu
 
“Não tenho qualquer dúvida de que seja uma parte do destino da raça humana, em seu desenvolvimento gradual, renunciar a comer animais, do mesmo modo que as tribos selvagens renunciaram a se entredevorar, depois que entraram em contato com homens mais civilizados.”

O cientista Albert Einstein, Prêmio Nobel de física, escreveu que o vegetarianismo podemelhorar em muito o destino da humanidade:

“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”

Exemplos como os de Leonardo da Vinci, Gandhi, Einstein e outros grandes vultos da história provam, sem sombra de dúvida, que o vegetarianismo é mais do que simplesmente um modo de se alimentar; é um ideal de sabedoria, bondade e nobreza; um ideal de vida sublime e maravilhoso que pode e deve ser praticado por todas as pessoas. 
 
Consequências danosas do regime cárneo

O uso de carne é condenável por inúmeras razões, todas fundamentadas em provas irrefutáveis. Como já dissemos, a história registra o testemunho de muitos sábios que deixaram um legado de notáveis ensinos, extraordinárias realizações e que combateram o uso de carne. Esses seres iluminados acreditavam que o ser humano pode viver melhor, evoluir e alcançar posições mais elevadas e dignas em sua existência. Eles se destacaram por seu amor à humanidade, aos animais e à natureza. Eles denunciaram os perigos da alimentação cárnea e suas implicações éticas, morais e espirituais e insistiram em uma mudança de hábitos, crenças e comportamento ante a brutalidade e a crueldade que envolve o ato de comer carne. Esses grandes homens já morreram, mas eles continuam falando, às nossas mentes e corações, através dos livros e textos que escreveram, das obras que realizaram e do maravilhoso exemplo de vida que nos legaram. E hoje em dia, com o avanço da ciência e o refinamento progressivo das consciências, o homem vai percebendo que precisa respeitar o meio ambiente, viver em harmonia com a natureza e os animais. Nesse contexto, o homem compreende que não se pode mais consentir com a devastação da natureza e a violência contra os animais. Bem informado, ele sabe que não há como defender o uso de carne, pois, em razão desse hábito prejudicial e cruel, todos sofrem: o homem sofre, os animais sofrem, o planeta sofre.

Com tais questões em mente, faremos agora mais algumas considerações a respeito das principais razões por que não devemos comer carne e que estão relacionadas com a saúde, o bem-estar dos animais e a preservação do meio ambiente.

É importante ressaltar, todavia, que, através da leitura de publicações específicas, todos poderão ampliar seus conhecimentos sobre o vegetarianismo. Os interessados em se aprofundar no estudo desse importantíssimo tema, encontrarão excelente material acessando a Web e visitando sites muito interessantes, tais como: www.svb.org.br (da Sociedade Vegetariana Brasileira), www.revistavegetarianos.com.br (da prestigiosa Revista dos Vegetarianos), www.vegetarianos.com.br; www.institutoninarosa.org.br (do Instituto Nina Rosa, que atua na defesa dos direitos dos animais), www.sejavegetariano.com.br, entre muitos outros, bastando apenas ter boa vontade para pesquisar.


A carne e os perigos para a saúde

Como já dissemos, é fato estabelecido que o uso de carne está relacionado a um grande número de doenças, tais como: certos tipos de cânceres, problemas cardíacos, acidentes vasculares, ácido úrico, infecções, putrefação intestinal, parasitas, etc.

É fato inquestionável, ainda, que, no sistema de produção de carne, os animais sofrem muito, sendo tratados de maneira rude, contrária à manifestação e exercício natural de seus hábitos de vida, sendo muitas vezes confinados em espaços exíguos, sem nenhum conforto, padecendo, de inúmeras formas, uma existência miserável do nascimento até a morte.

Por conta desse sistema cruel, dessa violação à liberdade dos animais, todos os dias são levadas para a mesa do consumidor carcaças contendo altos níveis de colesterol, ácido úrico, chumbo, nitrosaminas, salitre, diversos tipos de medicamentos como vacinas, antibióticos, hormônios sintéticos para crescimento e engorda e outras substâncias químicas perigosas, além de toxinas como escatol, indol, fenol, istamina, cadaverina, putrescina, etc. Isso tudo sem falar das bactérias e vírus que infestam muitos dos animais que diariamente são mortos e devorados por seres que se dizem altamente civilizados.

Apesar da gravidade dos fatos que acabamos de relatar, muitos ainda continuam comendo carne e tornando-se, dia após dia, cada vez mais insensíveis em relação às doenças e ao sofrimento que atinge bilhões de animais os quais, vivendo aprisionados e em situação de extrema penúria, aguardam até que sejam mortos e devorados por seres humanos. Diante de toda essa situação, às vezes me pergunto como é possível ao ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, capaz de compreender e muitas vezes expressar sentimentos de grande nobreza como o amor, a caridade, a compaixão, não se dar conta de todo o horror, insensatez e insanidade que envolve o comer carne.

Ainda sobre os riscos para a saúde, Dieno Castanho comenta:

“O uso da carne conduz à inundação do organismo por toxinas, provocando excitação nervosa, hipertensão, cansaço do fígado e dos rins, desgaste prematuro, ao passo que a alimentação vegetal, não fornecendo tóxicos, como as carnes, é sedativa, alivia o coração, o fígado e os rins.” Alimentação Naturista, página 147.

O Dr. Antônio A. de Miranda, fez, ainda, as seguintes declarações:

“Todas as proteínas, uma vez ingeridas e utilizadas pelo organismo, transformam-se, dando como produtos finais ureia, ácido úrico, gás carbônico, água, etc. Estes produtos devem ser eliminados do organismo como inúteis e prejudiciais que são à vida, pois, à exceção da água, todos os outros são venenosos. Retidos no organismo, provocar-lhe-iam sérias perturbações. Usada a carne como alimento, esta taxa de ureia e de ácido úrico a ser eliminada pelo organismo é maior que no caso de outros alimentos. Compreende-se logo que, além da quantidade de ureia e de ácido úrico, proveniente do desdobramento das proteínas da carne, o boi ou outro animal abatido para o consumo, possui também nos músculos estes produtos de desdobramento que estavam em via de eliminação. Morto, porém, o animal, ficam retidos na carne que, sendo ingerida, vão aumentar a quantidade destes venenos que tem de ser eliminados pelos rins. Assim, a alimentação cárnea concorre para a intoxicação do organismo e aumenta o trabalho dos órgãos, tais como o fígado e os rins, encarregados de neutralizar e eliminar esses venenos. Falando sobre este assunto, assim se exprime o Dr. Irving Fisher, Professor da Universidade de Yale, uma das mais afamadas instituições de ensino da América do Norte: “Duas são as objeções de ordem fisiológica contra o uso corrente dos alimentos cárneos: em primeiro lugar, o comer carne concorre em grande parte para aumentar a taxa de proteínas da ração nutritiva e, desta maneira, provoca um desequilíbrio do regime alimentar; em segundo lugar, os alimentos cárneos contém e produzem venenos.” A carne encerra ainda outros perigos, principalmente o da transmissão de certas moléstias.” Nutrição e Vigor, página 103.

Durval Stockler de Lima observa:

“Muitos animais são abatidos em estado de grande aflição ante a visão do sofrimento daqueles que os precederam na matança. O medo produz toxinas tão terríveis que, se fossem ingeridas em maiores doses por uma só pessoa, poderiam causar-lhe a morte instantaneamente. Mas é evidente que qualquer comedor de carne está comendo a morte aos poucos. (…) Quando o animal é morto, existem nele muitas toxinas em processo de expulsão do organismo, principalmente pela urina. Essas toxinas permanecem na carne e são ingeridas pelo homem. É evidente que isto não pode ser saudável. Cada quilo de carne bovina contém dois gramas de ácido úrico, o que é uma dose bastante elevada. (…) Não é novidade para ninguém que a carne contribui em porcentagem elevadíssima para os enfartes do miocárdio, para os derrames, as tromboses, os distúrbios da pressão e de todos os ataques cardíacos. (…) Como já dissemos anteriormente e insistimos, um dos maiores inconvenientes da carne é o perigo de seus micróbios e toxinas, que infestam cada fibra de seus tecidos. A grande verdade hoje, a mais incontestável das verdades sobre o assunto, é que os animais abatidos para o mercado só permanecem de pé a custa de vacinas e antibióticos. Pergunte-se isto aos criadores de gado graúdo e miúdo, aos avicultores e suinocultores, e eles o dirão se quiserem ser honestos. Os animais estão cheios de vermes, pestes, tumores cancerosos, alguns com o fígado nadando em pus e se desfazendo, outros com aftosa, carbunculose, tuberculose, etc. Essa é a melhor carne que se come nas cidades; mas o problema se agrava quando se considera o tempo entre a morte do animal e o seu uso como alimento, a manipulação, o transporte, o armazenamento e a comercialização.” Nutrição Orientada, páginas 124-127.

Ellen G. White também escreveu sobre o tema:

“Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão, pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Frequentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados. O povo come continuamente carne cheia de micróbios de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas essas e outras doenças. (…) Muitas vezes são levados ao mercado e vendidos para alimento animais que se acham tão doentes, que os donos receiam conservá-los por mais tempo. E alguns dos processos de engorda para venda produzem enfermidades. Excluídos da luz e do ar puro, respirando a atmosfera de imundos estábulos, engordando talvez com alimentos deteriorados, todo o organismo se acha contaminado com matéria imunda. Os animais são muitas vezes transportados a longas distâncias e sujeitos a grandes sofrimentos para chegar ao mercado. Tirados dos verdes pastos e viajando por fatigantes quilômetros sobre cálidos e poentos caminhos, ou aglomerados em carros sujos, febris e exaustos, muitas vezes privados por muitas horas de alimento e água, as pobres criaturas são conduzidas para a morte a fim de que seres humanos se banqueteiem com seu cadáver. Em muitos lugares os peixes ficam tão contaminados com a sujeira de que se nutrem, que se tornam causa de doenças. Isso se verifica especialmente onde o peixe está em contato com os esgotos de grandes cidades. Peixes que se alimentam dessas matérias podem passar a grandes distâncias, sendo apanhados em lugares em que as águas são puras e boas. De modo que, ao serem usados como alimentos, ocasionam doenças e morte naqueles que nada suspeitam do perigo. Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente experimentados; isto, porém, não é nenhuma prova de que não seja nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado os sofrimentos. Muitos morrem de doenças inteiramente devidas ao uso da carne, ao passo que a verdadeira causa não é suspeitada nem por eles nem pelos outros.” A Ciência do Bom Viver, 313-315.

O sofrimento dos animais

É um solene dever, que toca a cada um de nós, seres humanos civilizados, amar e respeitar os animais. Esses seres inocentes, que desfrutam conosco a suprema partilha da vida, precisam de nosso amor e amparo. Infelizmente, a realidade é muito diferente, pois todos os dias são mortos bilhões de animais em todo o mundo. Mortos nos apavorantes matadouros, lugares infernais e que produzem cenas tão degradantes e brutais que levou Paul MacCartney a afirmar que “Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos”.

Além de todo o sofrimento causado aos animais pela falsa necessidade que o homem impôs a si mesmo de comer carne, os animais ainda são expostos aos terríveis sofrimentos resultantes da vivissecção, ou seja, os apavorantes testes de laboratório. Gandhi, ao falar sobre a vivissecção, declarou ser este “o crime mais hediondo que se possa perpetrar contra criaturas indefesas”.

O Dr. Robert Sharpe, um cientista de renome internacional e inimigo declarado dessas práticas cruéis, escreveu um livro chamado “The Cruel Deception”, no qual analisa a questão envolvendo a exposição dos animais aos testes de laboratório e condena com veemência essa prática aviltante. Do comovente livro “Aprendendo a Respeitar a Vida”, muito bem organizado por Hildegard Bromberg Richter, extraímos a seguinte informação publicada pelo Dr. Sharpe:

“Todo o ano, milhões de animais sofrem e morrem nos laboratórios em todo o mundo. São queimados, cegados, envenenados, irradiados e obrigados a morrer de fome. Recebem choques elétricos, são forçados a fumar cigarros e são viciados em drogas. Seus membros são amputados, seus olhos removidos por cirurgias e seus cérebros danificados. São privados de sono, mantidos em confinamento solitário e submetidos a doenças como câncer, diabete, herpes e AIDS. Para muitos animais, o laboratório é o inferno na terra.” Aprendendo a Respeitar a Vida, página 21.

O problema da vivissecção exige uma reflexão séria e urgente e que não pode ser ignorada, pois, como disse o Dr. Ralph Bircher,

"Se fôssemos capazes de imaginar o que se passa, constantemente, nos laboratórios de vivissecção, não poderíamos dormir em paz e em nenhum dia estaríamos felizes e tranquilos." 
 
Um fato positivo, nessa história de horror e sofrimento, é saber que muitos médicos, filósofos, políticos, professores, estudantes, artistas e outras pessoas estão se aliando em número crescente à causa que pede o fim da vivissecção.

Homens e mulheres bem instruídos e capacitados, estão denunciando a barbárie e propondo modelos substitutivos e plenamente eficazes para as pesquisas laboratoriais. Esses estudiosos estão refutando as falsas alegações de que os testes com animais são seguros e insubstituíveis. O fato é que a ciência tem o dever ético, o imperativo moral de adotar métodos que resultem em benefícios para a humanidade, mas que não causem sofrimentos a tantos seres inocentes que não podem se defender da crueldade a que são submetidos.

Voltando, agora, ao tema principal deste capítulo e que trata do sofrimento que tem sido causado aos animais em razão do uso da carne como alimento, de imediato nos vem à mente a seguinte questão: que espécie de sentimento é esse que leva o homem moderno, ciente das miseráveis condições em que vivem e morrem os animais, a continuar destruindo a vida desses seres para comer sua carne, como se não existissem outros alimentos mais saudáveis e nutritivos? Um pouco mais de reflexão levaria o ser humano a perceber que não é alimentando-se de corpos mortos que obterá vida. De fato, as carnes, servidas como alimentos, não passam de cadáveres temperados, de restos mortais geradores de doenças e morte e que recebem, como destino, o estômago do ser humano. A vida provém da vida. Essa é a lei suprema de Deus. Não nos admira, é triste admiti-lo, que haja no mundo tanta maldade, tanta violência. Multidões de homens e mulheres vivem no obscurantismo, na penumbra moral, ética e espiritual e estão envolvidas em atos, conscientes ou não, de crueldades contra o semelhante e contra os animais. Infelizmente, para a grande maioria, a insensibilidade é a ordem do dia e os cadáveres o prato principal.

Entretanto, para que essa triste realidade deixe de existir, é necessário que se tomem decisões e ações urgentes e isso começa pela educação das crianças, pois é na infância que se estabelecem os caracteres que perdurarão por toda a vida. Neste sentido, aos pais e educadores cabe a tarefa de ensinar aos pequeninos o amor e o respeito que devem nutrir pelo semelhante, pelos animais e pela natureza, como um todo, pois, desta forma, florescerá, nas mentes infantis, um estado de espírito que as levará a se oporem a toda forma de agressão ou violência. Ora, se as crianças forem incapazes de maltratar os animais, como haverão de hostilizar os seres humanos? 

Sejam as crianças ensinadas, desde cedo, por palavras e exemplos, a manifestar amor, afeto e compaixão por todos os seres vivos e certamente se tornarão adultos sábios, amorosos e compassivos. Albert Schweitzer, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1952, foi um homem dotado de grandes virtudes e que deixou um nobre exemplo de abnegação e amor ao próximo. Formado em medicina, filosofia e teologia, foi um cristão valoroso que pregou o Evangelho de Jesus Cristo e prestou atendimento clínico em benefício principalmente dos mais pobres e humildes. Seu amor pela natureza era de tal ordem, que o levou a proferir as seguintes e comoventes palavras:

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."

Ellen G. White, ao escrever sobre o tema que tanto a sensibilizou nos revela, em palavras também comoventes, o sofrimento que o consumo de carne causa aos animais e como isso impede o ser humano de manifestar verdadeiro amor e compaixão por esses seres indefesos, nossos irmãos. Observe como são inspiradas suas palavras:

“Os males morais do regime cárneo não são menos assinalados do que os físicos. A comida de carne é prejudicial à saúde, e seja o que for que afete ao corpo, tem seu efeito correspondente na mente e na alma. Pensai na crueldade que o regime cárneo envolve para com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar as criaturas de Deus! A inteligência apresentada por muitos mudos animais chega tão perto da inteligência humana, que é um mistério. Os animais veem e ouvem, amam, temem e sofrem. Eles se servem de seus órgãos muito mais fielmente do que muitos seres humanos dos seus. Manifestam simpatia e ternura para com os seus companheiros de sofrimento. Muitos animais mostram, pelos que deles cuidam, uma afeição muito superior à que é manifestada por alguns membros da raça humana. Criam para com o homem apegos que se não rompem senão à custa de grandes sofrimentos de sua parte. Que homem, dotado de um coração humano, havendo já cuidado de animais domésticos, poderia fitá-los nos olhos tão cheios de confiança e afeição, e entregá-lo voluntariamente à faca do açougueiro? Como lhes poderia devorar a carne como um delicioso bocado?” A Ciência do Bom Viver, 315 e 316.

 Observe a sensibilidadade de Durval Stockler de Lima:

“Como podem seres inteligentes e com presunção à nobreza e elevada moral tirar brutalmente a vida a criaturas indefesas, para se banquetearem sobre seus cadáveres? É isto coerente com a profissão de sublime magnitude intelectual, moral e espiritual de indivíduos que dizem estar-se preparando para viver a eternidade na presença de Deus? Não parece uma verdadeira brutalidade um homem criar um inocente bezerrinho, afagando-o, deixando-o lamber-lhe as mãos, tornando-o tão cheio de amor por seu dono, e um dia, sem mais nem menos, quando o animal está a lhe fitar os olhos com carinho, o dono lhe enfia uma faca no pescoço?” Nutrição Orientada, página 124.

É preciso denunciar as terríveis condições a que são submetidos os animais, incluindo aqueles que vivem nos rios e nos mares. Os frangos e as galinhas, por exemplo, vivem uma existência curta e miserável. Espremidos em granjas lotadas ou em gaiolas muito pequenas, onde mal conseguem se mover, os pobres animais ficam impedidos de receber a luz do sol, de se movimentar livremente, de dormir ao luar, nas árvores, de abrir suas asas e ciscar o terreno com os pintinhos. Absurdamente terrível, ainda, é a condição a que são mantidas as galinhas poedeiras, pois são forçadas a produzirem ovos continuamente e a permanecerem o tempo todo aprisionadas sob iluminação artificial.

       Porcos, bovinos, caprinos, equinos e muitas outras espécies de animais também não têm sorte melhor, pois vivem uma existência curta, triste e horrivelmente dolorosa.

De igual modo sofrem nas mãos do homem os peixes e outros seres aquáticos. Implacavelmente caçados e mortos em seu habitat natural ou em locais de confinamento, esses pobres seres sencientes são feridos, dilacerados e mortos por anzóis, arpões, redes e outros instrumentos de tortura. Nas mãos do homem, bilhões de seres que vivem nas águas morrem todos os dias horrivelmente sufocados, cozidos ou fritos ainda vivos, atingidos por choques térmicos ou elétricos, sofrendo, enfim, danos terríveis em seus corpos sensíveis.

Como é possível ao ser humano, insisto em perguntar, mesmo ciente de tudo o que se passa com os animais, fingir que nada tem a ver com a barbárie apenas para poder se deliciar com os cadáveres de tantos seres mortos em meio a sofrimentos atrozes e inenarráveis?

Como pode alguém, que se diz cristão ou religioso, após matar ou consentir com a morte de um animal indefeso e comer sua carne, comparecer a um templo religioso para, com toda pompa e solenidade, falar de amor e misericórdia, de afeto e compaixão? Será que isso não lhe pesa a consciência, não lhe oprime o coração? 

Como é possível, com todo o progresso que alcançamos como uma civilização, que ainda permitamos que os animais sejam tratados com tanta indiferença, com tanta crueldade, como simples objetos de consumo? Como podemos consentir em que sejam, aos bilhões, aprisionados, escravizados, feridos, mortos e devorados? Até quando nos recusaremos a reconhecer o holocausto animal e as terríveis, tremendas consequências que toda essa violência tem gerado no planeta e na vida de seus habitantes?
 
O problema do sofrimento dos animais é retratado em livros, revistas, artigos, bem como através de vídeos que são divulgados por inúmeras entidades ou instituições defensoras dos direitos dos animais.

Como exemplo podemos citar os filmes “a carne é fraca” e “Terráqueos”. Ambos os filmes podem ser acessados e vistos na internet, mais precisamente através do site www.youtube.com. Basta entrar no referido site e digitar, na barra de pesquisa do youtube, os títulos dos filmes. Faço, porém, um alerta às pessoas muito sensíveis: as imagens são extremamente fortes, pois os filmes revelam, sem censura, toda a verdade a respeito do que se passa nos matadouros.

A veiculação desses filmes, ou documentários, é necessária não para satisfazer a qualquer curiosidade mórbida, mas para que todos saibam a brutalidade, o horror, o inferno pelos quais passam os animais antes de serem devorados, muitas vezes por pessoas sensíveis e educadas.

Como já dissemos, a atual onda de violência que varre o planeta Terra, em condições cada vez mais alarmantes e incontroláveis, tem muito a ver com a maldade praticada pelo homem contra os seres que ele deveria respeitar, proteger e amar, mas que, para satisfazer o desejo por carne, prefere enviar para os matadouros sangrentos e infernais. Que todos tenham em mente, porém, que a maldade praticada contra os animais não ficará sem resposta, não ficará impune, pois Deus está atento ao que se passa e no devido tempo trará a juízo toda obra, quer seja boa, quer seja má. Observe o que declarou Ellen G. White:

“Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano. A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um relatório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus.” Patriarcas e Profetas, página 324.

A carne e a degradação ambiental

A cada dia que passa vemos aumentar o número de ecologistas, ambientalistas, autoridades sanitárias e outros estudiosos que erguem suas vozes para declarar que a massiva produção de carne está afetando dramaticamente o meio ambiente, causando degradação e poluição, devastando áreas imensas de florestas, matas nativas, rios e córregos e impedindo uma eficaz política de combate à fome. Não pretendemos cansar o leitor exibindo dados e estatísticas em minúcias uma vez que, na presente oportunidade, estaremos fazendo apenas alguns apontamentos que julgamos importantes e oportunos. Todos sabemos, por exemplo, que a água é um dos bens mais preciosos de que dispomos. Entretanto, o uso irresponsável de água poderá levar ao desabastecimento do precioso líquido em muitas partes do mundo e isso colocará em risco a vida de milhões, talvez bilhões de pessoas em imensos contingentes populacionais. De fato, não são poucos os estudiosos que opinam que as grandes guerras do futuro serão travadas por causa da água, ou melhor, pela falta dela. E qual a relação entre o consumo exagerado de água e a produção de carne? Para se ter apenas uma ideia basta citar este exemplo: enquanto a produção de um único quilo de carne requer a utilização de, no mínimo, 15 mil litros de água, a produção de um quilo de trigo necessita de apenas 150 litros. O fato é que o sistema de produção de carne exige imensas, inacreditáveis quantidades de água potável todos os dias. Há muitos dados alarmantes e irrefutáveis que confirmam o que estamos dizendo. É necessário, portanto, que haja um despertamento coletivo e urgente para essa questão, pois sem água ninguém vive e a carência do líquido vital acarreta sofrimentos tão terríveis dos quais não é bom nem falar.

Além de fazer uso exorbitante de água, contribuindo para o risco de desabastecimento, a indústria da carne também tem sua parcela de culpa pela grande poluição que contamina todo o planeta e envenena nossa atmosfera, pois quantidades enormes de excrementos e gases gerados pelos animais, em pastos e matadouros, são despejados diariamente na natureza, causando inevitável poluição e outros danos ambientais. A ação irresponsável do homem também está afetando o clima do planeta e uma das causas desse fenômeno está relacionada com a criação dos animais que, depois de certo tempo, serão enviados para os matadouros. O problema é que as manadas produzem nada menos que 20% do dióxido de carbono que é liberado na atmosfera e isso está causando gravíssimos desequilíbrios climáticos e ambientais.

Um outro problema muito grave e também relacionado à indústria da carne, decorre da estreita relação entre a produção de carne e a crise alimentar que afeta bilhões de seres humanos. A crescente demanda por carne exige quantidades cada vez maiores de terra para a criação de animais e para a plantação dos alimentos que os engordarão. De acordo com o CEPA, um boi requer entre um e quatro hectares de terra para produzir, ao final de quatro ou cinco anos, apenas 210 quilos de carne. Ora, na mesma extensão territorial e no mesmo tempo, poderiam ser produzidas muitas toneladas de alimentos vegetarianos nutritivos e saborosos, como frutas, cereais, verduras, etc. 
 
A verdade é que se todos fossem vegetarianos o problema da fome não existiria, pois a terra produziria alimentos em abundância e variedade para todos. É revoltante saber que imensas áreas de terra estão sendo exploradas pela indústria da carne, enquanto bilhões de seres humanos morrem de fome e desnutrição. Apesar de muitos não se importarem com as questões humanas e ambientais e só pensarem em dinheiro e poder, esquecidos de que um dia morrerão e terão de apresentar-se diante de Deus, despidos de bens ou títulos terrenos, o fato é que todos precisam ter em mente que os recursos naturais são limitados e um dia poderão acabar, gerando consequências trágicas.

Luis Kirchner publicou as seguintes e muito graves declarações:

“Herman E. Daly, economista e alto funcionário do Banco Mundial, diz: “Em palavras simples, não podemos crescer e aumentar nossa produção infinitamente. Crescimento contínuo é impossível, e políticas baseadas neste conceito são irreais e perigosas.” Ecologia à Luz da Bíblia e da Moral, página 28.

“Conforme Roger Dajoz, “Até agora já foram cometidos demasiados erros ecológicos. É um engano acreditar que as riquezas da Terra são inesgotáveis e que a totalidade dos resíduos da atividade humana podem ser reabsorvidos sem perigo pela biosfera. É necessária a rápida tomada de consciência da importância desses problemas, do contrário o bem-estar do homem corre o risco de ficar comprometido para sempre.... É sobre a Terra que se decidirá o futuro da humanidade.” Ecologia à Luz da Bíblia e da Moral, página 48.

Ora, tendo em vista que o consumo de carne está diretamente relacionado à fome, ao sofrimento dos animais, à contaminação do meio ambiente e ao agravamento da crise climática, gostaríamos de saber quando é que os responsáveis por tudo isso entenderão que a situação se tornou insustentável e que este modelo perverso já se esgotou? Quando, afinal, os que promovem e consentem com esse lamentável estado de coisas admitirão que a incrível e vertiginosa devastação de florestas e matas, a degradação e poluição do planeta, o consumo excessivo de água, a fome mundial, os distúrbios sociais e a crueldade humana, que parece não ter limite, são eventos diretamente relacionados à matança de animais e comilança de carne?

Quão diferente seria este mundo se a terra fosse usada apenas para a produção de alimentos vegetarianos! Se fosse decretada, em todo o mundo, a abolição do aprisionamento, exploração e matança dos animais e fosse realizado um esforço universal visando a plantação e distribuição de alimentos vegetais, sem dúvida alguma a humanidade toda seria alimentada e não haveria mais fome.

Preocupando-se com a existência e o bem-estar dos animais, o homem jamais atentaria contra a vida do semelhante, não haveria mais crueldade e violência e a guerra seria apenas uma lembrança distante.

Infelizmente, a maioria das pessoas ainda não alcançou a necessária elevação espiritual que as leve a compreender essas questões.

Regidas por hábitos ruins, as multidões não se preocupam com princípios espirituais mais nobres e elevados. Dia virá, porém, em que o consumo de carne será finalmente abandonado e a humanidade viverá dos frutos da terra, da água pura e cristalina e do perfume das flores. 

Considerações finais

É muito triste saber que todos os dias, enquanto as pessoas desfrutam suas vidas, seus prazeres, bilhões de animais famintos, exaustos e apavorados estão sendo mortos para que seres humanos se deliciem com seus corpos. Corpos que pertenciam a seres vivos que temiam a dor, o sofrimento e queriam viver, mas que tiveram suas vidas violentamente destruídas por homens que um dia haverão de clamar pela misericórdia de Deus, que estarão diante da morte e muito desejarão não serem tratados da forma como trataram os animais.

É lamentável saber que tantos bezerros são mortos logo ao nascer, que muitos cabritos, porquinhos e outros pequenos animais são massacrados, assados e devorados todos os dias e, coisa paradoxal, principalmente no natal e no final de ano, época em que, a pretexto de se comemorar o nascimento de Cristo e o ano novo, promove-se uma verdadeira carnificina, um imenso holocausto, uma matança vertiginosa de bilhões de animais como nunca se vê em outra época do ano. Isso é muito triste, pois o natal deveria ser dedicado apenas à oração e a reflexão em prol de um mundo melhor, um mundo onde houvesse mais justiça e fraternidade, mais amor e sensibilidade no coração de todos.

E ao pensar assim, em um mundo melhor, mais feliz e saudável, eu quero me dirigir àqueles que têm filhos. Quero pedir aos pais que pensem no ar que seus filhos vão respirar, na água que eles vão beber e na sociedade em que eles vão viver. Que se esforcem para deixar a seus filhos e netos um mundo mais humano, fraterno e feliz. Um mundo onde a natureza seja respeitada e os animais sejam tratados com bondade e compaixão. Um mundo mais puro e saudável, mais estável e feliz. Não podemos nos esquecer, porém, de que um mundo assim, mais justo e fraterno, mais puro e feliz, jamais será possível enquanto o homem não reconhecer e vivenciar o amor em toda a sua plenitude.

As teorias científicas, religiosas, políticas e sociais falharão se não houver amor e fraternidade entre os povos. E esse amor deve se estender à natureza e aos animais, pois todos procedem do mesmo Pai Celestial, do mesmo augusto, supremo e eterno Criador.

Pitágoras, o grande filósofo, já sabia, há muito tempo, que a paz não será possível enquanto o homem continuar a maltratar e destruir os animais. Disse ele, sob as luzes da inspiração, estas nobres palavras:

“Enquanto o homem continuar a ser o destruidor dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.”

De fato, a solução dos grandes problemas sociais, sobre os quais se debruçam perplexos grandes intelectuais, políticos e estadistas, não será possível enquanto a humanidade não compreender as causas que geram as distorções sociais e trabalhar com afinco para eliminá-las, pois não basta atacar as consequências do mal, ou seja, é preciso, mais do que nunca, focar as causas e, a partir dessa compreensão, desenvolver as estratégias que mudarão muitos dos atuais paradigmas que atrasam o progresso e a felicidade dos povos da Terra. Muitas dessas causas estão relacionadas com o desprezo que muitos votam à Deus, ao semelhante, à natureza e aos animais. Além disso, outros fatores também são, em larga medida, responsáveis pelas injustiças sociais que afetam a vida de bilhões de pessoas, espalhando a violência, a fome e a miséria pelo mundo todo. Gandhi, com sua rara sabedoria, relacionou tais fatores chamando-os de “pecados capitais”:

“Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.”

Prezado (a) leitor (a): ao refletir sobre todas essas questões, você não sente a consciência lhe indicando um novo caminho? Um caminho mais pleno de amor, de bondade e de elevação espiritual? Um caminho que nos ensina a conviver de um modo diferente com a natureza e com os animais, neles reconhecendo a beleza e a singularidade da vida?

Precisamos nos lembrar de que todo gesto de generosidade que realizarmos pelos animais e pela natureza, acabarão beneficiando a nós mesmos, aos nossos entes queridos e à sociedade como um todo.

Assim, podemos começar a fazer algo pela natureza e pelos animais a partir de nossas escolhas diárias. Por exemplo: tendo em vista que o mercado é regido pela demanda de consumo, ou seja, produz sempre o que as massas desejam, então, quanto mais pessoas optarem pelo vegetarianismo e rejeitarem a carne, maior será a variedade de alimentos vegetais e menor será a oferta de produtos cárneos. Consequentemente, cada vez menos animais serão mortos até que a Terra toda se transforme em um imenso pomar, um magnifico e florido jardim repleto de aromas, belezas sem par e inocentes prazeres edificantes. Desta forma, estaremos contribuindo poderosamente para o fim da exploração, aprisionamento e matança dos animais ao mesmo tempo em que nos devotaremos a celebrar o amor e a fraternidade universais.

Os que se tornam vegetarianos desenvolvem uma nova e mais reverente postura diante do sublime e inefável mistério da vida e são recompensados por Deus com mais acurada inteligência, mais elevada espiritualidade e mais fina sabedoria, pois, como disse Bernard Shaw, 

"Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente."

Pense bem, caro (a) leitor (a), em tudo o que consideramos neste trabalho. Por favor, pense com carinho e junte-se à multidão dos que marcham unidos no grande movimento em prol da libertação dos animais, da preservação da natureza e da erradicação da fome. 
 
Tome seu lugar junto ao maravilhoso movimento que não conhece barreiras políticas, sociais ou filosóficas e que aumenta a cada dia com a adesão de novos militantes. Um movimento que carrega a bandeira da paz, do amor e da compaixão e que não terminará antes que o vegetarianismo triunfe na Terra e o último matadouro seja fechado, para a honra e glória de Deus, pois, como previu Leonardo da Vinci, "Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem.”



Frases

          As frases que seguem foram selecionadas dentre aquelas que constam do site www.apasfa.org, da APASFA - Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis, e do site www.sejavegetariano.com.br. 

I – Frases escolhidas do site da Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis  - http://www.apasfa.org/futuro/frases.shtml

“O que não concebo é degolar um cabrito, asfixiar uma pomba, cortar a nuca de uma galinha, ou dar punhaladas em um porco para que eu coma seus restos. Não é por uma questão de química biológica o motivo de eu ter me passado para as fileiras do ovo-lacto-vegetarianismo, mas pelo imperativo moral de que minha vida não seja mantida às custas da vida de outros seres.” Dr. Eduardo Alfonso, médico naturista espanhol

“Eu comprei 2 chimpanzés machos de uma fazenda de criação na Holanda. Eles viveram em jaulas separadas, uma perto da outra, por muitos meses, até que usei um deles como doador de coração. Quando nós o sacrificamos, em sua jaula, em preparação para a cirurgia, ele gritava e chorava incessantemente. Não achamos o fato significante, mas isso deve ter causado grande trauma no seu companheiro, pois quando removemos o corpo para a sala de operação, o outro chimpanzé chorava copiosamente e ficou inconsolável por dias. Esse incidente me tocou profundamente. Eu jurei nunca mais fazer experimentos em criaturas tão sensíveis.” Dr.Christian Barnard (médico que fez o primeiro transplante de coração em humanos)

"É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário, que ela é tornada suscetível de mastigação ou digestão e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro não criam um desgosto e abominação intoleráveis." Percy Bysshe Shelley

"No momento, nosso mundo de humanos é baseado no sofrimento e na destruição de milhões de não-humanos. Aperceber-se disso e fazer algo para mudar essa situação por meios pessoais e públicos, requer uma mudança de percepção, equivalente a uma conversão religiosa. Nada poderá jamais ser visto da mesma maneira, pois uma vez reconhecido o terror e a dor de outras espécies, você irá, a menos que resista à conversão, ter consciência das permutações de sofrimento interminável, em que se apóia a nossa sociedade." Arthur Conan Doyle


"A carne é o alimento de certos animais. Todavia, nem todos, pois os cavalos, os bois e os elefantes se alimentam de ervas. Só os que têm índole bravia e feroz, os tigres, os leões etc. podem saciar-se em sangue. Que horror é engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos." Pitágoras

"Sinto pena  de  mulheres  que  continuam comprando casacos de pele,  pois nelas faltam dois dos mais importantes requisitos para uma mulher: coração e sensibilidade." Jayne Meadows (Atriz)

"Eu fiz lavagem cerebral em crianças, induzindo-as fazer o que é errado. Quero pedir desculpas por ter promovido uma empresa que fatura milhões matando animais." Geoffrey Guiliano, o ator principal do personagem Ronald McDonald, nos anos 80, quando pediu demissão e se desculpou publicamente.

“A pessoa que eu amo nunca usaria pele de animais. Pele me faz pensar em mulheres rasas, que não têm consciência. A indústria de peles pertence a uma época em quem as pessoas eram inacreditavelmente egoístas. Se você fosse uma espécie de chefe de organização tribal e não existisse uma loja de departamentos, 350 anos atrás, eu entenderia. Mas hoje em dia temos fibras sintéticas e usar peles não é mais uma necessidade. O elitismo das peles me deixa com vontade de vomitar.” Gavin Rossdale (ator e ex-integrante da banda inglesa "Bush")

"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." Philip Ochoa

"Coloque uma criança pequena num chiqueirinho, com uma maçã e um coelho de verdade. Se ela comer a maçã e brincar com o coelho, ela é normal; mas se ela comer o coelho e brincar com a maçã, eu lhe compro um carro novo. Em algum momento ao longo de nosso trajeto, fomos ensinados a fazer a coisa errada." Maynard

“O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder." Gautama Buda
 

"O circo ensina as crianças a rir da dignidade perdida dos animais. Nesse caso, a 'humanização' dos bichos reflete claramente a falta de humanidade das pessoas projetada em um macaco de vestido, camuflada sob os risos." Olegário Schmitt

“Os animais que você come não são aqueles que devoram outros, você não come as bestas carnívoras, você as toma como padrão. Você só sente fome pelas criaturas doces e gentis que não ferem ninguém, que o seguem, o servem, e que são devoradas por você como recompensa de seus serviços.” Jean Jacques Rousseau em "Emile"

"Esse direito - o de matar um veado ou uma vaca - nos parece natural porque nós estamos no alto da hierarquia. Mas bastaria que um terceiro entrasse no jogo, por exemplo, um visitante de outro planeta a quem Deus tivesse dito: Tu reinarás sobre as criaturas de todas as outras estrelas, para que toda a evidência do Gênese fosse posta em dúvida. O homem atrelado à carroça de um marciano - eventualmente grelhado no espeto por um visitante da Via-Láctea - talvez se lembrasse da costeleta de vitela que tinha o hábito de cortar em seu prato. Pediria (tarde demais), desculpas à vaca." Milan Kundera

"O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas criaturas." Salmos 145:9

"Se experiências em animais fossem abandonadas, a humanidade teria tido um avanço fundamental." Richard Wagner

"Um indivíduo animal precisa de cuidados não porque sua espécie esteja em extinção e sim porque esse indivíduo está sentindo dor." Ronnie Lee (1951)

"A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. é aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras." Milan Kundera

"Falai aos animais, em lugar de lhes bater." Tolstoi

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos. Nós nos sentimos melhores com nós mesmos e melhores com os animais, sabendo que nós não estamos contribuindo para o sofrimento deles." Paul e Linda McCartney


"Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais." Abraham Lincoln

"Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos." Dr. Louis J. Camuti

"O justo olha pela vida dos seus animais." Provérbios 12:10

"Não podemos ver a beleza essencial de um animal enjaulado, apenas a sombra de sua beleza perdida." Julia Allen field, 1937

"Há muito de verdade no dito de que o homem se torna aquilo que come. Quanto mais grosseiro o alimento tanto mais grosseiro o corpo." Gandhi

"Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos." Oséias 6:6

"O erro da ética até o momento tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens." Dr. Albert Schweitzer

"A proteção dos animais faz parte da moral e da cultura dos povos." Victor Hugo

"Entre 135 criminosos, incluindo ladrões e estupradores, 118 admitiram que quando eram crianças queimaram, enforcaram ou esfaquearam animais domésticos." Ogonyok (1979 - Soviet anti-cruelty magazine)

"Matar um animal para fazer um casaco é um pecado. Nós não temos esse direito. Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal seja morto para ser colocado sobre os seus ombros. Só assim ela será verdadeiramente bela." Doris Day

"Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem." Isaías 66:3

"Matar animais por esporte, prazer, aventura e por suas peles, é um fenômeno que é ao mesmo tempo cruel e repugnante. Não há justificativa na satisfação de uma brutalidade dessas." Sua Santidade Dalai Lama (1935-)

"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor." Pitágoras


"Nós somos sepulturas vivas de bestas assassinadas, abatidas para satisfazer nossos apetites. Como podemos esperar neste mundo, a paz de que tanto ansiamos?" George Bernard Shaw (Living Graves, published 1951)

"Não estou interessado em saber se a vivissecção produz ou não resultados lucrativos para a raça humana ... A dor que ela inflige sobre os animais à sua revelia é a base da minha inimizade contra ela, e isso é justificativa suficiente para a minha inimizade, sem mais considerações. Mark Twain (Escritor)

"A Vivissecção é bárbara, inútil e um impecilho ao progresso científico." Dr. Werner Hartinger (Cirurgião, Alemanha, 1988) Chief Surgeon, Alemanha Ocidental, 1988

"Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele." Isaac Bashevis Singer ( Nobel - 1978 )

"Eu não como carne porque vi carneiros e porcos sendo mortos. Eu vi e senti a dor desses animais. Eles sentem a aproximação da morte. Eu não pude suportar a cena. Chorei como uma criança. Corri para o topo da colina e mal conseguia respirar... senti-me sufocado... senti a morte do carneiro." Vaslav Nijinsky (Bailarino e coreógrafo)

"Enquanto estivermos matando e torturando animais, vamos continuar a torturar e a matar seres humanos - vamos ter guerra. Matar precisa ser ensaiado e aprendido em pequena escala; enquanto prendermos animais em gaiolas, teremos prisões, porque prender precisa ser aprendido em pequena escala; enquanto escravizarmos os animais, teremos escravos humanos, porque escravizar precisa ser aprendido em pequena escala." Edgar Kupfer-Koberwitz

"Se eu tivesse outra vida, dedicá-la-ia inteiramente à luta contra a vivissecção." Bismark

"O que eu penso da vivissecção é que se as pessoas acham que têm o direito de tirar a vida ou arriscar a vida de seres viventes para o benefício da maioria, então não haverá limite para a sua crueldade." Leon Tolstoy (Escritor)

"Incêndios propositais e crueldade com animais são 2 dos 3 sinais de infância que sinalizam o potencial de um assassino serial." John Douglas, analista do FBI que estuda o perfil de assassinos

"Por trás de bela pele, há uma história. Uma sangrenta e bárbara história." Mary T. Moore (Atriz)
 

"Os vapores das comidas com carne obscurecem o espírito. Dificilmente pode-se ter virtude se se desfruta de comidas e festas em que haja carne. No paraíso terreno não havia vinho, nem sacrifício de animais e tampouco se comia carne." São Basílio

"Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só diferença: a vítima." Lamartine

"Aos estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim." Mark Twain (Escritor)

"Pergunte para os vivisseccionistas porque eles experimentam em animais e eles responderão: "Porque os animais são como nós". Pergunte aos vivissecccionistas por que é moralmente 'OK' experimentar em animais e eles responderão: "Porque animais não são como nós". A Experimentação animal apoia-se em contradição de lógica." Professor Charles R. Magel (1920)

"Em meu pensamento, a vida de um cordeiro nao é menos importante que a vida de um ser humano." Mahatma Gandhi (Estadista e filosofo)

"Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida." São Francisco de Assis

"Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral." Abraham Lincoln (Presidente Americano)

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante." Albert Schwweitzer (Nobel da Paz - 1952)

"Atrocidades não são atrocidades menores quando ocorrem em laboratórios, ou quando recebem o nome de 'pesquisa médica'." George Bernard Shaw (Dramaturgo, Nobel 1925)

"Os animais são meus amigos... e eu não como meus amigos." George Bernard Shaw

"Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais." Victor Hugo

"Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas." Buda (563? - 483? A.C.)


"Se fôssemos capazes de imaginar o que se passa, constantemente, nos laboratórios de vivissecação, não poderíamos dormir em paz e em nenhum dia estaríamos felizes e tranqüilos." Dr. Ralph Bircher

"Se você pudesse ver ou sentir o sofrimento, você certamente não pensaria duas vezes. Devolva a vida. Não coma carne." Kim Basinger

"Mutilar animais e chamar isso de 'Ciência' justifica a condenação da espécie humana ao inferno moral e intelectual ... essa repugnante Idade das Trevas da tortura impensada dos animais tem que ser superada." Grace Slick (Músico)

"Até que tenhamos coragem de reconhecer crueldade pelo que ela é - seja a vítima um animal humano ou não humano - não podemos esperar que as coisas melhorem neste mundo...não podemos ter paz vivendo entre homens cujos corações se deleitam em matar criaturas vivas. Para cada ato que glorifica o prazer de matar, estamos atrasando o progresso da humanidade". Rachel Carson

"A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens."  Thomas Edison

"Crueldade é algo que está presente em famílias humanas por incontáveis eras. É quase impossível alguém que é cruel com os animais ser generoso com as crianças. Se se permite às crianças a crueldade contra seus animais de estimação ou outros que cruzem seus caminhos, elas aprenderão facilmente a ter o mesmo prazer com a miséria de seus semelhantes. Essas tendências podem facilmente levá-las ao crime." Fred A. McGrand

"…vários vivisseccionistas ainda alegam que o que eles fazem ajuda a salvar vidas humanas. Eles estão mentindo. A verdade é que os experimentos em animais matam pessoas, e os pesquisadores em animais são responsáveis pelas mortes de milhares de homens, mulheres e crianças a cada ano." Dr. Vernon Coleman (Membro da Sociedade Real de Medicina, Inglaterra)

"Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a dieta vegetariana." Albert Einstein (Nobel – 1921)

"Geralmente as pessoas usam como desculpa para continuar comendo carne, o fato de que humanos sempre comeram carne. De acordo com essa lógica, não deveríamos tentar previnir pessoas de assassinarem outras, já que esse comportamento também acontece desde as eras mais longínquas." Isaac Bashevis Singer (1904- )


"Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além do nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura." Richard Gere

"A compaixão pelos animais está íntimamente ligada a bondade de carácter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."  Arthur Schopenhauer

"A vivissecção é o pior de todos os piores crimes que o homem está atualmente cometendo contra Deus e sua bela criação." Mahatma Gandhi (Estadista e filósofo)

"De que serve a mim  a  multidão  de  vossos  sacrifícios?  Diz  o  Senhor.  Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes, quando vindes para comparecerdes perante mim. Quem requereu de vós isto? Que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs." Isaías 1:11-13

"Um homem pode viver uma vida saudável sem ter que matar animais para comer; portanto se ele come carne, participa do ato de tirar a vida de uma criatura meramente para saciar seu apetite. E agir dessa maneira é imoral." Leon Tolstoy

"Não permitas que ninguém negligencie o peso de sua responsabilidade. Enquanto tantos animais continuam a ser maltratados, enquanto o lamento dos animais sedentos nos vagões de carga não sejam emudecidos, enquanto prevalecer tanta brutalidade em nosso matadouros... todos seremos culpados. Tudo o que tem vida tem valor como um ser vivo, como uma manifestação do mistério da vida." Albert Schweitzer

"Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos ... aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza." Albert Einstein (fisico, Nobel 1921)


II – Frases escolhidas da página www.sejavegetariano.com.br
http://www.sejavegetariano.com.br/index.php?page=frases

“Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos.” Gandhi


“Que horror é meter entranhas em entranhas, engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos.” Pitágoras


“Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem." Leonardo da Vinci 

“Se quisermos nos libertar do sofrimento, não devemos viver do sofrimento e do assassinio infligidos aos animais.” Dr. Paul Carton

“Se o homem aspira sinceramente a viver uma vida real, sua primeira decisão deve ser abster-se de comer carne e não matar nenhum animal para comer.” Leon Tolstoy

“O comer carne é a sobrevivência da maior brutalidade; a mudança para o vegetarianismo é a primeira consequência natural da iluminação.” Leon Tolstoy

“Respeitem os animais. Eles sentem e sofrem como nós. Não os maltratem, não os torturem, não os prendam, não os matem.” Anônimo

“Oh, tirem minha cabeça, mas rogo que parem com a matança!” Sadhu Vaswani

“Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele.” Isaac Bahevis Singer

“Como rei, esforcei-me para impedir o dano a criaturas vivas e renunciei a ter grande número de caçadores e pescadores e às caçadas a que se entregam outros governantes.” Rei Asoka

 “Que luta pela existência ou que terrível loucura vos levou a sujar vossas mãos com sangue - vós, repito, que sois nutridos por todas as benesses e confortos da vida? Por que ultrajais a face da boa terra, como se ela não fosse capaz de vos nutrir e satisfazer?” Plutarco

“Os vegetais constituem alimentação suficiente para o estômago e, no entanto, recheamo-lo de vidas valiosas.” Sêneca


“A estrutura do homem, externa e interna, comparada com a de outros animais, mostra-nos que as frutas e os vegetais suculentos constituem sua alimentação natural.” Lineu

“Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O  homem  precisa  de um novo tipo  de  relação com  a natureza, uma relação que  seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal.” Weil Pierre

“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físico, influenciará o temperamento dos homens de tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.” Albert Einsten

“Não importa se os animais são incapazer ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.” Jeremy Bentham

“A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens.” Thomas Edison

“Para mim, não amar os pássaros e todos os animais seria não amar a Deus. Pois seus filhos são pássaros e animais tanto quanto os seres humanos.” Sadhu Vaswani

“Minha doutrina é esta: se nós vemos coisas erradas ou crueldades, as quais temos o poder de evitar e nada fazemos, nós somos coniventes.” Anna Sewell

Referências Bibliográficas

- BALBACH, Alfons. A Carne e a Saúde. 19ª ed., Edições “A Edificação do Lar”, São Paulo, SP.

- BALBACH, Alfons. As Hortaliças na Medicina Doméstica. Edições “A Edificação do Lar”, Itaquaquecetuba, SP.

- BIBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida no Brasil, Sociedade Bíblica do Brasil – Barueri – SP, Ed.1995.

- BRÜNING, Prof. Jaime. A Saúde Brota da Natureza. Educa - Curitiba – PR, 1985.

- CASTANHO, Dieno. Alimentação Naturista Saúde e Longevidade. Alvorada Editora e Livraria Ltda.- São Paulo – SP, 1983.

- HOLMES, M. Charlote. Os campeões são vegetarianos...e você?. Trad. Alice G. Botelho. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1997.

- KIRCHNER, Luís. Ecologia a Luz da Bíblia e da Moral. Editora Santuário – Aparecida – SP, 1994.

- LIMA, Durval Stockler de. Nutrição Orientada. Casa Publicadora Brasileira – Santo André – SP, 1984.

- MIRANDA, Antonio A. de Nutrição e Vigor. Casa Publicadora Brasileira, Santo André, SP, 1970.

- RICHTER, Hildegard Bromberg (Org.). Aprendendo a Respeitar a vida. 2ª ed., Paulus – São Paulo – SP, 1997.

- SCHNEIDER, Dr. Ernest. A Cura e a Saúde Pelos Alimentos. Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP, 1987.

- SIQUEIRA, Lydia N. A Saúde vem da cozinha. Casa Publicadora Brasileira – Santo André – SP, 1980.

- WHITE, Ellen G. A Ciência do Bom Viver. Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP, 2004.

- WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas. Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP, 2007.

- WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre O Regime Alimentar. Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP, 1987. 
 
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9 comentários:

  1. Seria bom que todo mundo podesse ler este artigo, aborda um assunto muito serio para a humanidade, nesta fase em que Deus esta apelando seu povo que volte a dieta original

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    1. Muito obrigado, Gabriel, por seu comentário desejando que este artigo possa chegar ao conhecimento de todo o mundo, destacando o fato de que Deus, nosso querido Pai Celestial, deseja que todos pratiquemos a dieta original, saudável e compassiva.

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  2. Parabéns Sandro!!!!Os seus post são de excelente qualidade.Sou estudante de publicidade e gostaria de colocar referências sua no nosso trabalho sobre Vegetarianismo e Meio ambiente.Além de ricos artigos referentes ao vegetarianismo,fico muito feliz com sua referencia a um Deus criador e de amor..Que Deus a cada dia te abençoe no seu trabalho.

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    1. Muito obrigado, Huend, pelos cumprimentos, e por fazer referência a este compassivo blog em seu trabalho de meio ambiente. Fico muito feliz por haver gostado dos artigos e textos, bem como das referências ao nosso amoroso Pai Celestial. Que Deus também a abençõe muito.

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    2. Muito obrigado, Huend, pelos cumprimentos, e por fazer referência deste compassivo blog em seu trabalho de meio ambiente. Fico muito feliz por haver gostado dos artigos e textos e também por sua manifesta felicidade em relação às referências que realizamos sobre nosso querido Pai Celestial. Que Deus também a abençõe muito.

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  3. Isso aqui não á apenas um post, é um presente! Deus te ilumine sempre e sempre!

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    1. Muito obrigado, Daniela, pelo carinho de suas palavras. Que Deus também a ilumine para sempre.

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  4. não precisamos de proteína animal,nem b12,ferro e sim de energia vital dos vegetais, o combustível para que o proprio organismo produza proteínas, b12, ferro e cia.....veja no google: mito da proteína animal -perigo do leite http://veganos.org.br

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  5. Grata por esta esclarecimento. Sou uma 'vítima' de familiares e amigos, por alturas do Natal. Todos me convidam, ficam tristes perante minha recusa, dizem que fazem outra comida para mim, sem compreenderem que tudo naquela cozinha apanha as energias de agonia dos infelizes que perderam a vida sem necessidade... E isso é muito prejudicial para a saúde humana.Infelizmente, todos eles só acreditam no que vêem e tocam, nem vão gastar tempo a ler um texto tão longo, tempo que só arranjariam se fosse assunto de FUTEBOL! Andam sempre doentes, mas não associam à alimentação... Dizem que já encontrarem isto e não mudam, mas já mudaram no que lhes agradou...

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